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História

Embora a cidade de Humaitá seja hoje a sede desta diocese de mais de cento e trinta e cinco mil quilômetros quadrados, o povoamento e a evangelização não começaram por ela, mas muitos quilômetros rio abaixo, onde primeiro chegaram os navegadores que venciam a correnteza das águas brancas do Madeira.

Em 1688, partiram de Belém do Pará os primeiros missionários destinados à região da atual cidade de Manicoré. Em 1755, fundaram a missão no Crato (Comunidade São João Batista), logo abaixo de onde seria a cidade de Humaitá. A povoação do Crato foi oficializada em 1797 e elevada a freguesia em 1958. Dez anos depois, a sede da freguesia foi transferida para outro povoado, onde já havia uma capela consagrada á Virgem Maria. Esse povoado, a partir de 1868, passava a se chamar Freguesia Nossa Senhora das Dores de Manicoré, que em breve se tornaria a sede da comarca do rio Madeira e principal entreposto entre Manaus e Porto Velho.

Mais tarde, em 1869, muitas léguas acima da freguesia de Manicoré, depois de alguns problemas com os índios Parintintins, desembarcava a comitiva do comerciante José Francisco Monteiro.

Comendador Monteiro, fundador de Humaitá, construiu uma capela na margem esquerda do Madeira em honra a Nossa Senhora Imaculada Conceição. Como a vila crescesse, os sacramentos começaram a ser administrados em grande número e a capela não contasse com nenhuma permissão eclesiástica, o frade franciscano Jesualdo Machetti, missionário do Madeira, sugeriu ao Comendador Monteiro que buscasse sua oficialização junto a diocese de Grão-Pará. A resposta ao requerimento do Comendador demorou um ano. E, em 02 de fevereiro de 1876, foi solenemente dedicada à Imaculada Conceição e Santo Antônio de Pádua, a capela que se tornaria catedral de Humaitá.

Em 1888, foi erigida Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Behen de Humaitá, cujo território se estendia do lago do Carapanatuba à fronteira boliviana. Em 1890, Humaitá foi reconhecida como vila e, em 1895, sua capela foi elevada a paróquia. A nova paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição seria incorporada à Prelazia de Porto Velho em 1925, o que propiciou a chegada dos Padres Salesianos de Dom Bosco. Em 1928, tomava posse o primeiro pároco salesiano, Pe. José Maria Pena, que ficaria à frente da paróquia por 26 anos.

A bula Evangelli Semen (1961), do Papa João XXIII, criou a Prelazia de Humaitá, com territórios desmembrados da Diocese de Porto Velho e da Prelazia de Borba, e que compreendia os municípios de Humaitá e Manicoré. Em seus primeiros anos, ficou aos cuidados do bispo prelado Dom José Domitrovitsch SDB. Aos 07 de dezembro de 1970, a catedral foi dedicada pelo então bispo prelado Dom Miguel D’Aversa SDB.

Aos 16 dias do ano de 1979, o Papa João Paulo II elevou a prelazia de Humaitá à categoria de diocese. Os limites da diocese sofreriam diversas modificações, permutando paróquias e municípios inteiros com a prelazia de Borba. Em 1990 a Diocese de Humaitá passou a ser administrada por Dom José Balestiere até o ano de 1998.

“A criação da Prelazia de Humaitá - AM foi pedida pelos Bispos da Amazônia, entre os anos de 1954-1957. Foi então criada a 26 de junho de 1961 pelo Papa João XXIII, desmembrando-se da Arquidiocese de Manaus e da então Prelazia de Porto Velho. Foi confiada pela Santa Sé aos cuidados da Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos de Dom Bosco). A 16 de Outubro de 1979 foi elevada pelo Papa João Paulo II a Diocese. A Catedral, dedicada à Nossa Senhora da Imaculada Conceição, se encontra na sede da Diocese, na cidade de Humaitá”. (Arquidiocese de Porto Velho, [S/I])

Após a saída do Dom José Balestiere, a Diocese ficou dois anos vacante, até que aos 15 dias do mês de outubro de 2000 ordenou-se bispo de Humaitá, Dom Francisco Merkel que permaneceu até o ano de 2020. Durante sua administração, aos 23 de março de 2003, houve a anexação definitiva do município de Apuí à Diocese de Humaitá.

Atualmente, a diocese é administrada pelo Bispo Dom Antônio Fontinele de Melo.

Fonte: HUMAITÁ, Diocese de. 50 anos a serviço da Vida e da Esperança. Edição Comemorativa do jubileu de ouro, p. 07-10, 1ªed. 2001.

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